MOVIMENTO DE DEFESA DO PATRIMÓNIO HUMANO, HISTÓRICO E AMBIENTAL DA FREGUESIA DA VÁRZEA DE TAVARES, DO CONCELHO DE MANGUALDE, DISTRITO DE VISEU.

PELA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PACÍFICO E SUSTENTÁVEL DA NOSSA FREGUESIA!


quarta-feira, 4 de maio de 2011

População da Várzea de Tavares em movimento

A população da freguesia da Várzea de Tavares está em movimento, em franca indignação quanto à eventual implantação do projecto da PGG, descrito anteriormente.
Neste momento, circulam dois abaixo assinados, entre os quais um virtual. http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8663

domingo, 17 de abril de 2011

E o movimento continua …


Sim, o MVV continua! O Movimento Várzea Viva pretende prosseguir daqui por diante com a missão que é sua, da DEFESA DO PATRIMÓNIO HUMANO, HISTÓRICO E AMBIENTAL DA FREGUESIA DA VÁRZEA DE TAVARES e PELA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PACÍFICO E SUSTENTÁVEL DA FREGUESIA.
Em relação à PGG!? Consideramos que o nosso trabalho visível como Movimento está feito.
Era nossa única intenção mostrar à nossa comunidade o “outro lado” desta realidade.
A nossa única intenção era informar a população dos impactes que, estamos convictos, vão ocorrer prejudicando as pessoas, a comunidade, e o ambiente, caso esta empresa se venha a instalar na nossa região.
Somos pelo esclarecimento objectivo da população e seremos sempre por uma decisão consciente e informada de um povo.
Acreditamos que fizemos o bastante para, pelo menos, levantar questões e problemas, alertando para a realidade que virá com a PGG. O envolvimento do MVV com o “problema PGG” consumou-se a 3 de Abril, com a sessão de esclarecimento.
Estaremos com o povo e não contrariaremos a decisão que cabe ao povo!

O que mostrámos à população da Várzea


Resultados da Visita à Fábrica Petfood do Grupo PGG Ribera D’ondara Lérida - Espanha:

Depoimento de Carmen Ortiz, residente em Pomar - Ribera D’ondara Lérida - Espanha, a cerca de 2 Km da fábrica da PGG:
Filmagens locais:

A(s) sessão(ões) de esclarecimento!!


Foi no passado dia 3 de Abril, pelas 14h30, que decorreu com toda a normalidade a sessão de esclarecimento à população, promovida pelo MVV, e relativa ao tema da vinda da PGG para a Várzea de Tavares.
Esta acção decorreu no Centro Polidesportivo da Várzea de Tavares, junto à Igreja e ao Cemitério da Freguesia. Este local apresenta um grande simbolismo não só pelo valor inerente às instalações que encerra mas também por ser um lugar que reúne as duas Povoações da Freguesia. Infelizmente fia bastante próximo das fábricas que pretendem implantar e que levarão a uma diminuição drástica do seu valor e do seu uso. POR ENQUANTO AINDA É UM LOCAL DE PAZ E DE UNIÃO.
A sessão de esclarecimento correu com normalidade e foi bastante concorrida pela presença de dezenas de populares preocupados com a situação.
No final da apresentação dos elementos documentais conseguidos na visita a Ribera d’Ondara – resultado de inquéritos/entrevistas, vídeos, fotografias e estudo dos processos industriais -, o MVV deu ainda espaço a um debate vivo das diversas perspectivas.
Infelizmente não foi possível à Câmara Municipal de Mangualde e à PGG aceitarem o nosso convite para participarem nesta sessão. Agradecemos ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Várzea de Tavares ter estado temporariamente presente.
Após a divulgação da nossa iniciativa, o poder edílico marcou uma sessão de esclarecimento para o dia 1 de Abril, sexta-feira, pelas 19 horas. Nesta reunião, a que o MVV assistiu publicamente, estiveram presentes na mesa o Presidente e Vice-Presidente da C. M. Mangualde, o Presidente da Junta da Várzea de Tavares, o Director de Projectos da PGG e o Director da Sub-divisão da CCDR Centro- Viseu. Estranhamente, este último interveniente defendeu, em nome pessoal, as virtudes de um projecto que não conhece – porque ainda não existe – alegando razões como o desenvolvimento sustentável da Freguesia, do Concelho, da Região e do País!
Esta acção de esclarecimento, contou igualmente com a presença de um grande número de populares e, apesar de tardia, foi, na opinião do, um momento de grande importância para o esclarecimento da situação, e um sinal de espírito democrático demonstrado pelo poder autárquico do Concelho. O debate, moderado pelo Presidente da Câmara de Mangualde, Dr. João Azevedo, decorreu com grande elevação e permitiu a oportunidade para se ouvirem as várias partes, e sensibilidades envolvidas.
O balanço destas duas acções, distintas no tempo é, na opinião do MVV, muito positiva, já que veio trazer à população mais afectada pelas intenções da empresa catalã, um esclarecimento das intenções, dos interesses e dos valores que estão por trás dos dois lados da situação – os “prós” e os “contras” à instalação da PGG na nossa Freguesia.
Assim, o povo pode ter uma opinião!
Consciente, o povo poderá decidir que futuro pretende para a sua terra e para os seus filhos!

A Várzea nos media


Após o regresso de Ribera d’Ondara e em posse de informação de grande valor e utilidade para a população, as verdadeiras vítimas da iniciativa da PGG, o MVV, agendou de imediato uma sessão de esclarecimento ao povo da Várzea de Tavares, para dia 3 de Abril, Domingo, pelas 14h30. De forma democrática, o MVV convidou o poder edílico concelhio e a Empresa PGG a participarem nesta reunião. Este convite foi declinado por razões de impossibilidade dos convidados.
Após a divulgação da nossa iniciativa, o poder edílico marcou uma sessão de esclarecimento para o dia 1 de Abril, sexta-feira, pelas 19 horas. Nesta reunião estiveram presentes na mesa Presidente e Vice-Presidente da C. M. Mangualde, o Presidente da Junta da Várzea de Tavares, o Director de Projectos da PGG e o Director da Sub-divisão da CCDR Centro- Viseu. O MVV também esteve publicamente presente, expondo as suas questões e preocupações.
A cobertura mediática destas iniciativas a que o MVV teve acesso, é apresentada de seguida:

http://www.google.pt/url?sa=t&source=web&cd=5&ved=0CC8QFjAE&url=http%3A%2F%2Fwww.daotv.pt%2Findex.php%3Foption%3Dcom_content%26view%3Darticle%26id%3D2269%3Amangualde-varzea-mvv-expressa-lgrande-apreensaor-quanto-a-instalacao-de-fabrica-de-racoes%26catid%3D55%3Amangualdeonline%26Itemid%3D89&ei=xyqrTcrALs-o8AOU9vW4Ag&usg=AFQjCNF266GGOaSPAQDj4EZBLp451dhJYg&sig2=YrFRxoBA0tY791Vz2FCJKQ

A visita a Ribera d’Ondara


Nos passados dias 20, 21 e 22 de Março, uma pequena delegação do MVV – António, Eduardo e Miguel -, deslocou-se a Ribera d’Ondara para ouvir, ver e cheirar in loco a empresa Pet Food Ingredients, do grupo PGG. Para além da PGG, falamos também com as pessoas que habitam na região, ouvindo e sentindo o que tinham para nos dizer aqueles que conhecem bem a realidade do local e que vivem o seu quotidiano com um vizinho indesejável.
Apesar da longa distância (aproximadamente 1000 km, em cada sentido), e das longas horas de deslocação, a visita excedeu as piores expectativas do MVV.
Ao longo de um dia e meio de trabalho árduo, e após várias reuniões, o MVV conseguiu recolher uma série de opiniões legítimas, e de ouvir os dois lados de uma mesma realidade.
Em resumo, assim se fez esta iniciativa:
- Domingo, dia 20 de Março: saída da Várzea de Tavares, pelas 10h00, e chegada a Cervera, pelas 22h00, após quase 1000 km de caminho;
- 2ª feira, dia 21 de Março, manhã: reunião e visita técnica às instalações da empresa “Pet Food Ingredients” (acompanhados pela presença do Presidente da Junta de Freguesia da Várzea de Tavares, Sr. Carlos Martins, e do Chefe de Gabinete do Sr. Presidente da C.M. Mangualde, Dr. Filipe Pais, que propositadamente se deslocaram à Catalunha para connosco visitar a PGG).  De lamentar, apenas o facto de, neste dia, a fábrica estar parada por motivos de manutenção de um equipamento, embora a data tivesse sido marcada especificamente pela própria empresa, alterando a nossa proposta inicial. Desta forma, nesta visita não nos foi possível observar a realidade normal de laboração desta unidade industrial.
- 2ª feira, dia 21 de Março, tarde: reunião de trabalho com um colectivo de associações ambientalistas locais e de outras regiões da Catalunha, para debate da situação da PGG (antecedentes, situação presente e causas da possível instalação na Várzea de Tavares). Este evento, tal como os seguintes, não foram acompanhados pelo poder edílico, cingindo-se apenas aos elementos do MVV.
- 3ª feira, dia 22 de Março, manhã: visita à envolvente da unidade industrial, com especial atenção à Ribeira de Briançô, para a qual escorrem as águas provindas da instalação fabril. Realização de inquéritos à população dos povoados vizinhos – Pomar, St Pere Daquells, Brianço,  La Rabassa, Montmaneu. Neste dia, a fábrica já se encontrava em laboração e, embora não tivéssemos visitado o interior das instalações, pudemos sentir os cheiros nauseabundos e vomitivos que se sentiam tanto na envolvente, como nas povoações vizinhas, algumas das quais se situavam a mais de 3 km de distância da fábrica.
- 3ª feira, dia 22 de Março, tarde: Regresso à Várzea de Tavares, e chegada pelas 23h00.
O Movimento Várzea Viva agradece de coração a todos aqueles que tão bem os receberam, em Cervera, Ribera d’Ondara e em todas as outras pequenas comunidades vizinhas.
Gostaríamos de agradecer muito especialmente às pessoas que colaboraram connosco na recolha de informação, essencial para um esclarecimento cabal da população da Várzea de Tavares. Uma palavra aos movimentos ambientalistas Catalães pela ajuda prestada, e pela solidariedade demonstrada pela nossa causa. Esperemos que estas pessoas consigam acordar do pesadelo que têm vivido, o qual partilharam connosco. Ninguém merece viver da forma que nos descreveram.
Maria Carmen, Marga, Carles, Joan Miquel, Joan Vazquez, Cassanovas, um forte abraço!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O projecto PGG na Várzea de Tavares


O grupo empresarial catalão PGG – Proteinas y Grasas Gimeno  (www.pgg-group.com)  , pretende localizar-se no coração da nossa Freguesia através da instalação de 2 unidades industriais de MUITO ELEVADO e IRREVERSÍVEL impacte social e ambiental.

O projecto de implementação da PGG na Várzea de Tavares, prevê a instalação de duas unidades industriais:
1) Dezembro de 2011 –armazém de farinhas;
2) 2012/2013 – 1ª linha de transformação de subprodutos animais de categoria III;
3) 2013/2014 – 2ª linha de transformação de subprodutos animais de categoria III;
4) 2016 – instalação de transformação de subprodutos animais de categoria I.
A localização destas instalações industriais é bastante próxima das duas localidades da freguesia – Vila Cova de Tavares e Torre de Tavares (a apenas 1000 e 950 metros lineares, respectivamente) -, bem como do cemitério, da igreja e do campo desportivo da freguesia (à distância de apenas 650 metros!).















A presença deste tipo de indústrias tão poluentes junto a povoações, no seio de uma Freguesia com um tão grande potencial agro e ecoturístico, inserida um ambiente verde e sadio, é uma opção ultrapassada e com pouco futuro, que irá ter consequências sociais e ambientais irreversíveis e que irá trazer grandes prejuízos ao nível da saúde do nosso Povo. A Várzea jamais será o paraíso que os nossos antepassados nos deixaram.
Os impactes destas instalações na Várzea de Tavares irão ser de vários tipos:
- impactes sociais: uma parte substancial da população da Várzea de Tavares é idosa e com poucos recursos, auferindo de pensões reduzidas sendo o pouco rendimento extra que obtêm conseguido através da venda de leite de ovelha, para a produção do Queijo da Serra. Há várias famílias a praticar pastorícia de subsistência! A localização de unidade de eliminação de matérias animais perigosas poderá vir a inviabilizar o modo de vida de muitas famílias. Não se poderá avaliar as promessas de postos de trabalho que supostamente estas instalações fabris irão trazer, eliminando os meios de subsistência que há décadas têm mantido as pessoas da nossa Terra. Abandonar as pessoas que não poderão vir a trabalhar nas fábricas e fazê-las perder o seu ganha-pão é um acto de egoísmo e de irracionalidade. Esquecer ou criticar as pessoas que não pretendem trocar o seu trabalho num ambiente sadio por um trabalho por turnos num local de baixa qualidade, é pidesco.
- impactes na qualidade do ar: o processo industrial de produção de farinhas e gorduras, a partir de resíduos animais, produz a libertação para a atmosfera de odores intensos, difíceis de suportar. A vã promessa do cumprimento da legislação portuguesa servirá apenas para justificar o injustificável. Um dos maiores impactes ambientais e sociais deste tipo de instalações resulta da libertação de fortes cheiros na vizinhança. Em Portugal não há legislação no âmbito dos odores. Em suma, a fábrica pode estar a cumprir a legislação e a exalar fortes odores com consequências dramáticas para o ambiente envolvente e para as pessoas que o habitam. Salienta-se ainda que as ovelhas não comem pastos com odores estranhos, o que reforça a nossa preocupação social evidenciada no ponto anterior.
- impactes na qualidade e quantidade da água disponível: estes processos industriais causarão danos elevados no que diz respeito à água disponível na freguesia. Estas indústrias são consumidoras massivas de água e esse facto irá acarretar consequências sérias na vida da população, em grande parte dependente da agricultura. A própria PGG refere que irá consumir 240 m3 de água por dia, enviando-a para a atmosfera sob a forma de vapor. Este volume corresponde ao gasto de 48 grandes poços por dia, durante 365 dias por ano (poços com 1,5m de diâmetro e uma profundidade de 7 m). É uma certeza que a disponibilidade de água irá ser afectada, assim como a sua qualidade e existência das nossas ribeiras (Ribeira da Várzea e Ribeira da Canharda) que, por enquanto, ainda têm vida.
- impactes ao nível da poluição sonora: estas empresas irão operar 24h/24h, 365 dias por ano. Numa região como a nossa, caracterizada por um ambiente calmo e longe de “rebuliços”, o próprio funcionamento das instalações irá provocar ruído suficiente para causar incomodidade aos habitantes.
A PGG virá afectar e, muito possivelmente, inviabilizar um futuro mais sustentável da nossa freguesia, hipotecar uma “outra” via de desenvolvimento, mais justa, mais solidária, mais amiga das pessoas e do meio ambiente – UMA VIA COM FUTURO E QUALIDADE.